faço um esboço do dia em que estrelas minhas todas. ainda valho menos. ainda menos no dia em que esboço... essa música... esse caderno ainda virgem. tenho escrito pouco e pouco a pouco menos. um pouco mais de ânimo, um pouco mais de vida, um pouco mais de luz. faço um esboço do dia. estrelas todas, todas elas minhas. os livros que meus amigos escreverão, após e muito melhores que o meu. todos muito melhores. e eu, tão pura, tão crente, antes de tudo pública, antes mesmo da minha estréia. meu palco ainda frio aguarda. esse não me tomam, esse há de ser meu palco. não sei bem por que inicio, nem qual seria minha finalidade. me faltam desde o verbo à mais sintética das anomalias, a folha branca. me falta o fundo e o texto.
estrelas minhas conceber-me teu técnico, por ti (e somente um tu) estar a transformar alquimista pacotes em alimentos. quando se dobra em mim a pessoa segunda (e tem sido segunda e dupla em mim também a primeira) a dos versos de sempre e a que em prosa se persona. furto-me o acreditar das coisas tão somente por não-inocência. quem me dera haver um relógio de ponto a soar minha hora de retorno. estaria acordada por instantes - instantes esses como o sono profundo de que sonhos não me lembro. pena de mim se buscasse auto-compreensão: tenho entranhas despejadas por uma ponta de esferográfica, escorrida pelos bueiros à beira da calçada.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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