acordar com chuva
não hoje nos dias que rumorejam
minhas amarras meus dedos
emporcalhados de uma triste esperança acordar
com chuva quando há sol no vão dos prédios
e a semana não desabou
sobre a inclinação das pendências
sobrecarregado estava o céu veemente
e enquanto dormias distraído da conspiração
de tuas águas mais escuras arrebentou-se
o silêncio fosco dos passeios privados
de tudo e deveras públicos
encharcando o ouvido do mais espesso
passado acordar com
chuva em pleno sol acordar seco
sólido acordar a manhã
limpa o coração tão estrondo
segunda-feira, 2 de junho de 2008
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2 comentários:
depois disso, vc deve ter encontrado uma pata-de-vaca ainda úmida sobre a mesa.
gostei demais, sebastião. gostei do mnovo ritmo. muito mais límpido, e muito mais turvo.
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