misturado com deus
eu tinha uma bala caída no chão da área
eu tinha um serviço de santo na minha testa
no meu colchão os cabelos de palha
o betume do parto o calçamento
misturado com o poste
sabes que há sangue no urinol
sabes que é uma resignação mofada de medo
no teu pedaço de abrigo a meia boca
o assunto todo esburacado pela parede
misturado na gente
são cadelas roçando as revistas capitais
são as pernas imbecis pelo chão
em nossos dentes oxidados a chave enfiam
uma notícia pelo bagaço da latrina
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
julia,
para dialogar com o teu parto, um tanto de água salgada e ainda viva.
mel,
para vc conhecer uma água mais escura do meu rio fantasma.
caralho...
pari, apartei e acabei com a boca no ó.
estou lendo w. h. auden. obrigada.
sebastião,
nunca vi água escura nem rio fastasma mais bonitos.
Postar um comentário