domingo, 8 de junho de 2008
Como fruta madura que cai do pé
(e ainda muito antes de apodrecer) trato de lançar fora logo as sementes todas. Portanto, prefiro cair de muito alto, me espatifando ao menor tamanho possível e ao maior número de fatiazinhas. Já que tenho mesmo que servir de adubo, seja ao menos com cheiro de vivo, com cheiro de flor ainda, feito jambo rosado, feito o floco de nuvem de dentro - melhor quando cai do pé, melhor quando não tem o que escalar - se oferece a carne aos beiços, se oferece o talho ao olfato, se chupa a semente toda e se impede, assim, à vida.
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