sexta-feira, 9 de maio de 2008

Viver em estado de absurdo como instância contínua, em espera sem súplicas, os bolsos sempre cheios, sempre sem som, o soluço da rua que inteira chorou comigo baixinho, baixinho. Pois não acorde de mim nada que não seja teu, tudo em mim pulsa de tal forma a ser improvável que agora eu ande meio passo para trás. Enxugar de mim todo ranço desses pensamentos repugnantes, resta agora abrir os braços - a ti; e esse diabo que se fez do meu pensar não mais estará entre nossos travesseiros, promessa de mim acredites que sou mulher-árvore e sabes muito bem.
Engolir esse meu segredo feito prece a quem tem sede pois seria preciso a maior das crueldades para proferir de mim essa alma que tenho sido e é aqui mesmo que eu quero ficar.

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