ando querendo assumir outro haver há tempos pra ver se sai de ti-mim essa névoa irresoluta que repousa como se de mim-ti esperasse um sopro-gesto, é como se a terra por instantes pudesse andar atrás de ti e fosse te brotando florescendo, é como se a terra fosse a mim-tu virando de nós as têmporas antes de matar a sede.
domingo, 11 de maio de 2008
cantava de amores e querença enquanto caminhava em sapatos de cetim em plena terra molhada soterrando os saltos e mantendo equilíbrio, andava com disparate que era agressivo sentir a insuficiência de todos os meus recursos, tão parcos, suspensa que estava no desencontro, tinha em mim uma certeza, uma espécie de compensação para um eventual desapontamento baseada sempre na pequenez das coisas, na falta de clareza, para dizer o mínimo, na miudez dos acasos que hoje estão tão apoucados, um suspiro em lamento. de que valem tantos pormenores se nenhum deles seria estopim de Nada, afinal, se agora tudo em mim está suando, sofrendo, assumindo uma existência de terra, aspirando
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2 comentários:
soterrando os saltos e mantendo o equilíbrio... porra, mel, muito doce!
muito linda a imagem da terra te brotando atrás de ti... puta que pariu.
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