terça-feira, 7 de outubro de 2008

arruda rosa

vaqueirinho sebastião encomendou reza
sá donãna põe a veia no lugar
o sol se aguçando no ombro dele
chega

nome de bicho eu lembro de manso
de assustado de esquecido de medo
que nunca tiveram fim na mata cheia
as histórias do meu corpo negro
e grosso e encarnado
no corte do meu cabelo feito de fogo
e reses

vaqueirinho sebastião que peço lume
sá menina é boa gorda de coragem
a vereda mudando pro sossego no joelho dele
chega

nome de estrela eu sei de ponta
de rabeca e de besouro
que deram fim na areia arruda
rosa do tempo
e figas

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