tão bom amar a ti agora.
enquanto brinco com meus cabelos, em novelos, todos os fios, quase não há mais dedos meus em mim, tu me olhas como se do avesso me soubesses e eu te digo tanto, mas tanto: pois cale a mim um pouco ! se já nem eu suporto mais minhas divagações, gostaria de ouvir que há amor por trás deste rosto pequeno, cale a mim, rapaz, não posso mais sustentar estas minhas palavras de profeta-menina, fiquei miúda, não sentes ?, depois que te pertenci.
que eu possa te convencer que o tento que te espero não faz de mim tão assim solícita aos teus tempos
se entendêssemos o abismo em que nos metemos, só nos restariam as bocas, simultâneas, para charcar a língua.
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