segunda-feira, 18 de agosto de 2008

onze-horas

eu falo das flores eu falo do orvalho
e tudo de mim se desata do lírio
espero um dia de sol
e estou sentado à sombra
quanto mais eu leio
mais vazia a folha à minha frente suplica

desnuda a cada linha que publico
a cada linha que escondo
a cada outra que nem deixo vir
pelo menos mais setecentas páginas

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