no processo de formação do
botão de mim mesmo
(universidade)
posso provar todas as formas os
aromas, as cores.
em um momento há que se
optar por uma para ser
e levar a amargura de todas as outras
para dentro da terra e fincar
raízes sedentas pó adentro.
não é para ser lírico
que eu meto o dedo na flor.
domingo, 27 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
tapera taperinha
tapera taperinha
que eu assentei por cima da idade
tão encontrada na lasca de minha andança
na eira a lâmpada que forna uma voz
tua súbita voz sobre o rio da cura
taperinha que a madeira fazia minha
família toda de remanso e azul
podia bater palma pedir informação barbante
tapera que era de se esperar chuva
marcada para tinir dentro em quanto
da gente com o queixo no tempo
chega a estrada se larga em rima terçã
tapera taperinha
que eu assentei por cima da idade
tão encontrada na lasca de minha andança
na eira a lâmpada que forna uma voz
tua súbita voz sobre o rio da cura
taperinha que a madeira fazia minha
família toda de remanso e azul
podia bater palma pedir informação barbante
tapera que era de se esperar chuva
marcada para tinir dentro em quanto
da gente com o queixo no tempo
chega a estrada se larga em rima terçã
tapera taperinha
sexta-feira, 11 de julho de 2008
sumário para não esquecer que
foi um longo outono e não as pude pegar muitas
as folhas tantas que encontrei descaminhado dos olhos eu
que de repente só eu seguia não podendo mesmo o afã
de ser pego por elas no recinto íntimo dos olhos sei
que pegá-las é já uma palavra uma companhia
se não as pude pegar várias assim pois ainda
elas eram em meu caminho a minha condição
que seguia sem me deter espalhado na presença em queda eu
colhia apenas no mirar e era breve e esquecia
se ficaram quantas sem o meu gesto a minha infância
se preciso era deixá-las no outono longo que fossem
que foi preciso conceder-lhes o relento de seus acasos vivos
deixar que sejam do tempo um silêncio mais fundo
diferentes dos meus cântaros os meus pasmos deveras
e as iniciativas minhas cheias de luas e destinos diferentes
dos meus abrigos e resguardos jesus tão abstratos
que era preciso compreender e respeitar a folha caída eu
em sua própria multidão despenteada e varrida
daqueles passos que nos provocam alguma menina mão
a desviar um pouco dos precipícios abertos por hábito
se era preciso achar as folhas em paz e muito esquecer
dentre aquelas que não iam do cansaço para o sumiço
e não foi possível romper com muitas todas as poucas vistas
pois foi precisar de algumas sem razão sem o medo
que tem saciedade sem torpor e sem memória
e pegá-las pela brecha do afeto na única respiração
no sumo do braço que se estende ao necessário ao santo
essas têm comigo um passo sincero uma provisão de tempo
foi um longo outono e não raro o pude compreender
nas meadas repletas que já se podem deixar pelas ruas
na viga de uma completude que se desfaz assim sem dor
se reaparece dentro dos livros e nos cadernos faz coincidir
nós com o que de fato amamos um gesto de logo voltar
à folha caída à companhia até de uma verdade tão lisa eu
guardado com o que há de virtude nas folhas todas
o meu coração no que somos mais equinócios e rebento
se com ela eu caminho para a concretude da minha casa
as folhas tantas que encontrei descaminhado dos olhos eu
que de repente só eu seguia não podendo mesmo o afã
de ser pego por elas no recinto íntimo dos olhos sei
que pegá-las é já uma palavra uma companhia
se não as pude pegar várias assim pois ainda
elas eram em meu caminho a minha condição
que seguia sem me deter espalhado na presença em queda eu
colhia apenas no mirar e era breve e esquecia
se ficaram quantas sem o meu gesto a minha infância
se preciso era deixá-las no outono longo que fossem
que foi preciso conceder-lhes o relento de seus acasos vivos
deixar que sejam do tempo um silêncio mais fundo
diferentes dos meus cântaros os meus pasmos deveras
e as iniciativas minhas cheias de luas e destinos diferentes
dos meus abrigos e resguardos jesus tão abstratos
que era preciso compreender e respeitar a folha caída eu
em sua própria multidão despenteada e varrida
daqueles passos que nos provocam alguma menina mão
a desviar um pouco dos precipícios abertos por hábito
se era preciso achar as folhas em paz e muito esquecer
dentre aquelas que não iam do cansaço para o sumiço
e não foi possível romper com muitas todas as poucas vistas
pois foi precisar de algumas sem razão sem o medo
que tem saciedade sem torpor e sem memória
e pegá-las pela brecha do afeto na única respiração
no sumo do braço que se estende ao necessário ao santo
essas têm comigo um passo sincero uma provisão de tempo
foi um longo outono e não raro o pude compreender
nas meadas repletas que já se podem deixar pelas ruas
na viga de uma completude que se desfaz assim sem dor
se reaparece dentro dos livros e nos cadernos faz coincidir
nós com o que de fato amamos um gesto de logo voltar
à folha caída à companhia até de uma verdade tão lisa eu
guardado com o que há de virtude nas folhas todas
o meu coração no que somos mais equinócios e rebento
se com ela eu caminho para a concretude da minha casa
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